Corporate Real Estate e Workplace para 2020

CoreNet apresenta o Futuro do Corporate Real Estate e Workplace para 2020



A CoreNet Global apresentou, em seu encontro mensal, no dia 14 de agosto, uma palestra sobre tendências em workplace e seus desdobramentos no Real Estate Corporativo, mobilidade versus presença, globalização versus localização e o impacto destes no "bottom line" das empresas no Brasil em 2020. O encontro foi conduzido por Izabel Barros, líder do time ARC - Applied Research & Consulting, na America Latina da Steelcase, empresa líder mundial em mobiliário corporativo sediada nos Estados Unidos.



No encontro, foram abordadas práticas atuais de trabalho em escritórios e perspectivas sobre o futuro ambiente corporativo baseadas em pesquisas realizadas pela Steelcase e CoreNet. Anualmente a empresa americana investe cerca de US$ 40 milhões em pesquisas para desenvolver soluções que promovam a interação entre as pessoas, a circulação de informação com objetivo de acelerar e alavancar a entrega de resultados.



Segundo Izabel Barros, atualmente um número acima do esperado de empresas já aplicam práticas de trabalho flexível como de home office e horário flexível, no Brasil. Essas iniciativas estão se expandindo para diversos locais, entre eles business centers, espaços de coworking, parques e jardins, ampliando o que a Steelcase chama de "Ecossistema de Locais de Trabalho".



Essa prática combina espaço físico com necessidade de trabalho, otimização do tempo, redução de custos e satisfação do funcionário. Neste contexto, a tendência apresentada para 2020 mostra que, em média, apenas 47% das atividades corporativas e administrativas de uma empresa continuarão a ser executadas em escritórios corporativos como conhecemos hoje. Há uma tendência de crescimento significativo das atividades em home office, coworking e demais espaços.  



A interação de pessoas foi discutida como ponto estratégico para se estabelecer novos padrões de comunicação nas empresas, aumentar o relacionamento entre as áreas da companhia, promover a inovação e a produtividade. Tais ações compõem um novo modelo de trabalho que permite que as atividades sejam realizadas presencialmente ou de modo virtual (via internet, celular e face a face), considerando a necessidade de cada colaborador.

Por que isto faz sentido para as empresas?

De acordo com Izabel Barros, a ideia é inverter o raciocínio e transformar o que é hoje desperdiçado em investimento futuro. Ela exemplifica que um empregado brasileiro com salário mensal de R$ 1 mil terá recebido R$ 13 mil ao final do ano e, considerando-se impostos e benefícios trabalhistas obrigatórios, o valor pode chegar a R$ 23,4 mil. “No entanto, mais de R$ 4 mil são desperdiçados em problemas relacionados ao local de trabalho como distrações, buscas por pessoas e salas para reunião e falhas de tecnologia. O valor equivale a 44 dias por ano e uma perda de 17,3% na produtividade”, afirma a especialista.

Ela observa que o uso inteligente de formas alternativas de trabalho e a reversão destes custos em investimentos podem alterar esse cenário. “A mudança já está acontecendo e é preciso se preparar para ela”, destaca Izabel.