Estrutura de Fornecimento de Facility Manager

Modelos de fornecimento de Facility Management norteiam debate promovido pela Corenet

A terceirização, conhecida mais precisamente no mundo corporativo como outsourcing, foi o ponto principal do debate oferecido no encontro mensal da Corenet, no dia 27 de maio. Para abordar questões ligadas às estruturas de fornecimento de Facility Management na visão do tomador de serviços, cinco profissionais da área foram convidados para compartilhar parte de suas experiências nas operações de renomadas companhias que atuam no mercado brasileiro.



Definido como o processo no qual uma empresa identifica uma parte do seu processo de negócio que poderia ser desenvolvido de maneira mais eficiente por outra corporação, contratada para desenvolver esta parte do negócio, o modelo de terceirização de serviços está entre as estratégias adotadas por profissionais de Facilities.

Segundo o presidente da Corenet, Milton Jungman, diretor de Facilities da Accenture para América Latina, entre as formas mais comuns de operação está a terceirização total dos serviços, que permite ao cliente manter o foco em seu core business. “Não há um melhor modelo. Mesmo sendo um grande fã da terceirização, temos que entender cada empresa, cada cultura, cada momento”, destacou.



O gerente Regional de Real Estate e Facility da Oracle,  Luiz Esposel, relatou que a companhia implantou globalmente um modelo in house, onde toda a infraestrutura, seja de planejamento, de Project Manegment, estratégico e gerenciamento, é desenvolvida por funcionários, sendo terceirizados serviços como de limpeza e manutenção. “O modelo tem funcionado muito bem, porque temos políticas que foram desenvolvidas nos últimos 30 anos, tornando-o bastante maduro com relação à infraestrutura”, explicou.

Fabio Roszczewski, diretor de Real Estate e Facilities Management da Ericsson na América Latina, também esteve entre os convidados do debate. Conforme ele, o Grupo Ericsson nunca abrirá mão de ter o controle do centro de excelência, área que conta com gerentes de Facilities, de Real Estate e de Project Management, responsável pela gestão completa de cada região. “A grande dificuldade com empresas com quem se faz o outsourcing é fazer com que os parceiros sejam eficientes e capacitados nas áreas que atuam”, destacou.



Para Marcos Maran, gerente do Departamento de Manutenção, Operação de Utilidades e Obras do Centro Empresarial de São Paulo, os departamentos do empreendimento são considerados estratégicos para os negócios. “Entendemos que se determinada área não funcionar, o negócio imobiliário não funcionará. Quem faz os serviços não importa muito, apesar de muitos deles serem funcionários próprios, por uma questão operacional de custo-benefício. Temos inúmeros terceirizados e costumo falar que nossa gestão é mista”, explicou o engenheiro.

Já na visão de Lamberto Grinover, executivo da área de Property Management,    os contratantes devem fazer com que o serviço tenha um custo adequado, com atenção na performance dos terceiros e monitoramento muito próximo do que estão fazendo. Neste sentido, se faz necessário o treinamento e capacitação à altura das necessidades da companhia. “A questão de atuar sozinho é uma dificuldade no sentido de ter pouca possibilidade de trocar ideias. Hoje somos sempre menos a fazer cada vez mais e uma coisa importante é deter o controle das pessoas, sejam elas internas ou externas”, disse Lamberto.

Os executivos falaram ainda sobre algumas experiências voltadas a cases de sucesso de iniciativas que contribuíram para resultados financeiros das corporações, sendo o aumento da performance e redução de custos com o setor de limpeza o exemplo em comum mencionado por eles.